A paz política e o desarmar do palanque

A paz política e o desarmar do palanque

O governador Eduardo Campos no seu discurso político tem dado ênfase ao desarmar dos palanques após o final das eleições. Advoga que o interesse público deve estar acima das questões partidárias e que a população não pode ser prejudicada pela disputa política. Que de vê-se cuidar de mostrar trabalho em favor do povo.

Em Sertânia, Ângelo Ferreira, deputado estadual e aliado do governador Eduardo Campos (PSB) parece conduzir seu grupo político em total desacordo com o rumo pregado por Eduardo. Além de não dar condição para haver transição entre a gestão de Cleide e a gestão de Guga Lins, o PSB sertaniense cometeu crimes gravíssimos como o de apagar os computadores, deixar dívidas monstruosas, dar calote no pagamento de salários, abandonar os bens e sucatear a máquina pública. Conseguiu fazer pior após a posse do Prefeito. Anunciou que irá marcar de perto a nova gestão, provocou tumulto entre os servidores da limpeza, facilmente contornado pelo novo governo, vibrou com a possibilidade, já abortada, de alguns secretários não poderem continuar no governo e foi à rádio prá explicar o inexplicável, debochar, ironizar, levantar coisas do arco da velha e vociferar contra o prefeito eleito e seus aliados, mesmo estando mais errado do que qualquer outro gestor. 

Quer promover uma espécie de 2º turno da eleição municipal, sem permitir que Guga Lins governe, como que estivesse sem condição de esperar 4 anos até a próxima eleição de prefeito.

Enquanto isso, o prefeito Guga Lins, ao invés de aceitar a provocação do deputado para ir bater-boca, foi trabalhar e já começa a ter o que mostrar nas mais diversas áreas, arrumando a casa, recuperando as secretarias, melhorando a situação do hospital, iniciando um mutirão da limpeza, pagando folha de salários dentro do mês, antecipando o novo piso do salário mínimo, que ante se arrastava quatro, cinco meses prá ser concedido pela prefeitura, agora já foi pago em janeiro. O novo prefeito já viaja a Brasília-DF para obter recursos para o município, afora novidades na educação, saúde, cultura outras mais.

Desta forma o prefeito Guga Lins demonstra estar mais sintonizado com a teoria do governador Eduardo, que é a do trabalho e da gestão moderna, enquanto o deputado Ângelo parece estar em desacordo com ela , praticando tudo aquilo que o governador condena, que é a arenga política, o bate-boca, a rinha partidária , enquanto se deixa de focar o trabalho em favor da população, ou seja tudo aquilo que Eduardo chama de “A velha política”.

Falta ao deputado Ângelo Ferreira ter consciência de que quem deve exercer o papel de oposição ao prefeito são os vereadores do seu grupo político. Mas, ao que parece, o deputado pela centralização política e pelo personalismo em torno de sua figura, tem tido dificuldades de ter quadros políticos na câmara para exercer esta função. A debandada de aliados do PC do B, os vereadores Damião Silva e Magaly, que aderiram a Guga, parece ter deixado um vazio inda maior que o deputado tenta compensar. Mas o que lhe cabe mesmo, ele está devendo. 

Pois como deputado estadual até agora está deixando muito a desejar, principalmente prá quem já possui dois mandatos na Assembleia, até agora pouco tem feito pelo município e é bom que comece mostrar serviço, pois no próximo ano haverá eleição prá deputado e a população irá cobrar trabalho e não bate-boca ou blá-blá -blá. A situação de seu irmão Fiapo, (conhecido por falar muito e trabalhar pouco) de estar ameaçado de não ficar na câmara, após o fiasco de sua votação, é um sinal de alerta prá Ângelo, que disputará o 3º mandato de deputado, agora sem o comando da prefeitura local, além de enfrentar o deputado Júlio Cavalcanti e Alvinho Patriota, este último filho de Sertânia e irmão do aliado Gonzaga Patriota. É peso!